O quê? Houses of the Holy, quinto disco do Led Zeppelin
Quando? Caminhando na rua de manhã bem cedinho, com o céu limpo e o sol nascendo, sem pressa, sem rumo. The Rain Song faz tudo ficar poético: as pessoas andando na rua indo ao trabalho, os adolescentes indo para a escola em grupos, a senhora tomando seu café. Bônus se a temperatura na rua estiver em torno de -3C, quando você consegue sentir suas pernas começando a formigar com o vento frio. Over the Hills and Far Away não faz nem um pouco feio na sequência; seu começo lírico rapidamente desanda para um rock and roll bacana:
Many times I’ve gazed along the open road.
Many times I’ve wondered how much there is to know.
A faixa seguinte (The Crunge) na minha opinião destoa com o resto do álbum. Pulemos rapidamente, pois o resto do disco é incrível! Como diria uma crítica que li por aí, é o Led Zeppelin na época em que achavam (corretamente) que podiam fazer qualquer coisa. Eles vão de um straight rock (Dancing Days) passando por experimentações meio psicodélicas (No Quarter), reggae (D’yer Mak’er) e acertando em cheio quando partem de vez para (re-)inventar o hard rock, como em The Ocean.
Oh, so good!
Em resumo, esse álbum é pau. Pule a quarta faixa e se delicie com a banda que é praticamente a definição de Rock and Roll. E se preparem pra ver mais discos do Led Zeppelin por aqui, estou numa fase de redescoberta do so called rock clássico.