Nossa amiga Ulla escreveu recentemente um post analizando o custo/benefício de ir ao cinema e como existem outras opções mais baratas. Se você não leu o post dela, clica e lê, é bem curtinho, prometo. Eu tinha escrito todo o texto abaixo como comentário no blog dela, mas resolvi compartilhar minha opinião com todos vocês, meus três leitores.
Bom, tenho que dizer que discordo bastante com a análise. Primeiro, comparar o preço do cinema com o percentual do salário mínimo é cruel, especialmente quando você não faz o mesmo com os outros itens. Quem já viu uma família que ganha somente 1 salário mínimo por mês baixando filme da internet ou comprando DVD pirata? Infelizmente, nessa faixa de renda a única opção é a TV. Segundo, que história é essa que você baixa filmes “de graça” na internet? E a assinatura mensal, que deve ser uns R$60? E a energia que você gasta deixando o computador ligado a noite toda baixando? Lá-se vai mais uns R$15. Além de tudo isso, você precisa de “equipamentos” especiais pra assistir um filme do computador na TV, porque ninguém merece assistir filme num monitor de 17” – mais uma graninha que tem que gastar.
Pra mim, nada supera o cinema. Não pela pipoca, ou pelas cadeiras, mas pelo ambiente, a tela, a experiência. Filmes são feitos para serem realmente apreciados na tela de cinema, não em uma TV de 30” numa sala qualquer. Simplesmente não dá pra emular a mágica do cinema na sua poltrona. Sei que é um investimento, mas todo bom entretenimento é – um show custa R$40 e te dá mais ou menos 2 horas de diversão também. Agora, se os cinemas aí não passam nenhum filme bom, nunca, o problema tá mais embaixo… Mude de cidade, ué! 🙂
Também acho que o cinema tem a sua magia, que não pode ser reproduzida na minha poltrona. Mas daí a achar que devo pagar o preço que é cobrado é outra história. Parte é senso prático, parte pão-durismo mesmo…
Acho que os cinemas deveriam se adaptar à realidade e cobrar um preço mais justo pelo ingresso.
Eles têm aquele argumento de que eu que pago a inteira estou pagando a minha entrada, e completando a de quem paga meia. Mas a gente sabe que na lógica capitalista isso é impossível de acontecer, o custo de um espectador deve ficar em torno de R$ 2,00 (estou chutando ok?), e o resto é lucro. O outro argumento, de que o ingresso sobe porque menos pessoas vão ao cinema também não parece muito verossímil, já que a tática deveria ser pra atrair essas pessoas, e não afastar mais pessoas… e, convenhamos, pouquíssimas vezes vi o cinema vazio.
É a mesma lógica das gravadoras de CDs… se a pirataria rouba os consumidores, você vai penalizar quem compra o original subindo o preço?
Não dá pra comparar o cinema com um show ao vivo, já que a montagem da estrutura, os equipamentos de som, de luz, de palco, a presença do músico ou ator, a segurança, o local, tudo isso é um custo enorme a cada apresentação. A produção de um filme é caríssima, eu sei, mas se nas sessões promocionais se cobra R$ 2,00, porque não fazer a média e baixar o preço no geral?
E sim, existem pessoas que ganham salário mínimo e compram aparelhos de DVDs em 12 x de R$ 29,90 nas casas Bahia e compram DVDs piratas na parada do shopping…conheço várias.
A minha opinião é de que o custo benefício de ir assistir muitos filmes no cinema é ruim. Por esse preço, só vou ao cinema se for pra ver um filme extraordinário… ou pelo menos um que eu espere que vá ser… Mas essa é a minha opinião!
Oi, queridíssima.
Antes de comentar, uma pergunta: onde é que esse povo tá encontrando show a R$ 40,00 a entrada? Na minha terra, nada sai por menos de R$ 90,00, R$ 100,00…
Concordo com você sobre a magia do cinema.
E tem a pipoca, sim, não vamos deixar de fora.
Mas só vou ao cinema se o filme for bom mesmo, tipo todo mundo comentando, as críticas favoráveis, essas coisas.
Ou se for muito fã, mesmo, do artista que atua no filme.
Bjs